terça-feira, 2 de outubro de 2018

Minha participação na Semana de Letras

As várias faces do Simbolismo: crise da representação e modernidade 


O minicurso “As várias faces do Simbolismo: crise da representação e modernidade”, parte da programação da XI Semana de Letras: Contemporaneus, evento promovido pelo Programa de Educação Tutorial (PET) da Faculdade de Letras da UFAL, foi realizado entre os dias 19 e 21 de setembro de 2018, de quarta-feira até sexta-feira, no período vespertino, das 16:30 horas até às 18:30 horas. Foi ministrado pela professora doutora Maria Gabriela Cardoso Fernandes da Costa. Nele, a ministrante trabalho o conceito de Simbolismo, particularmente pela apropriação da palavra “símbolo” pelo movimento, definindo-o como associação de uma coisa à outra, subjetivo, utilizado arbitrariamente pelo poeta, o qual crê que, ao utilizá-lo, conseguirá representar o que pretende. A professora definiu o movimento como contrário ao Parnasianismo. O Simbolismo surgiu na França, em meio ao decadentismo provocado pelo fim do século XIX e começo do século XX, marcado pela Primeira Guerra Mundial. O movimento buscou revitalizar o estado de decadência no qual os poetas se encontravam, a partir de suas entregas a um mundo dos sonhos, que conseguiria ultrapassar e transcender o real, o físico e o atual. 
A obra considerada o marco inicial do Simbolismo foi As flores do mal, de Charles Baudelaire, que transmitia a ideia de que o “mal” é espontâneo, natural, e o bom, intencional, convencional, proposital e, portanto, artificial. Logo, a natureza não era bela. Os simbolistas introduziram à literatura o conceito de Spleen, que se refere a um estado de angústia, náusea, melancolia, inadequação, revolta, preferindo o futuro, considerado o ideal, e o sonho. Portanto, apoiaram-se no Spleen et idéal. O Simbolismo explorou a subjetividade, o antinaturalismo e, portanto, configurou-se como um movimento anticlássico, antirracionalista e que recusou a Lógica. Foram temas recorrentes nas obras simbolistas o Amor, muito aproximado da Luxúria, a Morte, a Loucura, o Sonho, a Evasão, etc. Trata-se de uma reavaliação dos valores associados ao Realismo, que pretendia ser exato, objetivo e determinista. A professora levou para os alunos poemas para que analisássemos com ela, mencionou serem os grandes representantes do Simbolismo os autores Baudelaire, anteriormente citado, VerlaineRimboud e Mallarmé — os chamados poetas malditos — e demonstrou que a ênfase do Simbolismo recaiu sobre a musicalidade poética, e não sobre a significação das palavras. 

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